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domingo, 25 de julho de 2010

O Fino da Tina

Eu conheço Tina faz... quantos anos mesmo? Eram tempos de Colégio Contato, então são mais de 10 anos. Prefiro parar de contar o tempo quando acabam os dedos. Mas a memória não falha (se bem que às vezes inventa, ou aumenta). Tina era aquela menina desbocada que desafiava todas as leis conhecidas do comportamento. A lembrança mais antiga que tenho dela era num corredor do colégio, falando coisas que faziam meu sangue subir às orelhas (e que Camila me proibiu de repetir). Para o menino tímido que eu era, Tina era um modelo de coragem. Até hoje acho que ela conseguia toda essa coragem sugando a minha, tipo um poder mutante. Tina me dava medo. Tanto que demorei pra ficar amigo dela: teve que ser em doses homeopáticas, ao longo desses (mais de 10) anos de exílio longe de Recife. A casa de Tina foi virando ponto de passagem obrigatório nas minhas voltas quase anuais ao mangue. Teve o casório com Domingos, veio Luna, começou o sedentarismo dos joguinhos de computador, os protestos de "conversa com a gente, Tina" (infalivelmente respondidos da maneira mais mal-educada, mas só Tina pra ser mal-educada sem espantar) e, essa segunda, me contaram que a coragem de Tina vai chegar além das palavras. Pra falar a verdade, agora eu estou até grato pela fazendinha do Facebook. Tina vai poder aplicar toda a sua experiência virtual na nossa comunidade neo-hippie, onde plantaremos alfaces hidropônicas (entendeu?) e criaremos cabras de carne vegan. Vamos ter a melhor rapadura orgânica do norte-nordeste!

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