Aproveitando que finalmente a dieta dos 30 minutos ACABOU (!!!), e que consegui um atestado de 4 dias, graças a uma gripe fuderosa que me pegou, vou finalmente escrever aqui, mas não se empolguem muito, todos sabem que não dou pra escrever...
Primeiro quero agradecer a iniciativa e as belas palavras dos meus queridos amigos, minha família. Mas quero agradecer especialmente ao meu Lalaia, as minhas enfermeiras Miúda e Lili, ao jovem B que me emprestou seu vap (inacreditável, mas foi sim!), que foi uma mão na roda para minha recuperação, e claro, a chups chups, que mesmo sendo uma quenguinha, também fez a vez de enfermeira, digo, cozinheira, graças a ela meus caldinhos ficaram mais gostosos.
Vou fazer um resumão desse primeiro mês pós cirurgia...
A saga começou na véspera, no “dia de beleza na casa de Camila”, eu estava uma pilha.
No dia 26 de julho me submeti a tão temida e adiada cirurgia. Até onde sei o procedimento foi ótimo, “super tranqüilo” como o médico disse, e pelas piadinhas que ouvi dele e da instrumentadora, devo ter soltado algumas pérolas durante a pré anestesia (como nos bons tempos de endoscopia...). Foda mesmo foi a tal da sala de recuperação, ambiente paia, com instrumentos dignos de uma sala de tortura, e uma puta de uma enfermeira que só dizia “não diga palavrão”, enquanto eu me revirava de dor. Todos ficaram meio tensos com a minha volta pra o quarto, mas no outro dia eu estava ótima, exceto pelo incomodo dos cortes e de um dreno saindo de dentro mim. O mais legal desses dias no hospital foi poder arrotar bem muito e todo mundo achar lindo... Ouvi muito “olha só que beleza, arrotando que só”, “isso minha filha, arrote”, “arrotar é muito bom”... em hospital as regras de etiqueta mudam numa boa mesmo, certos pudores são automaticamente esquecidos, você caga e mija na frente de todo mundo, mostra a periquita pra geral... diante disso, arrotar e peidar, é top top na boa etiqueta hospitalar. Alguns registros dos dias de gloria do arroto:
A volta pra casa foi um terror... A organização, o liseu, e a porra da dieta maldita, que aprisionou, a mim e aos meus cuidadores, na cozinha. E foi dentro da cozinha que passei o ultimo mês. Mas pelo menos em casa tinha coisinha xD
Hoje estou completando 1 mês de cirurgia, minha dieta mudou (o/), agora já posso mastigar, e o mais importante, não preciso mais comer de meia em meia hora (!!!). Perdi 12kg. E os buracos, vão muito bem, obrigada.
Coisas que eu gostaria de ter sido avisada antes:
· O problema da dieta pós cirurgia não é ter que comer (beber) de meia em meia hora, é ter que preparar tudo na hora. “Comida” fresca (praticamente colhida do pé e colocada na sua mesa), nada pode ficar na geladeira nem ser congelado e tudo tem que ser rigorosamente coado (até água de coco).
· É preciso fazer uma reserva de grana, para os cuidados “não hospitalares”, muito maior do que se pode imaginar. Eu gastei, até agora, mais de 3 mil paus com comida, suplementos, farmácia e itens para o lar (tipo peneira, mamadeira, etc). Só de suplemento gastei numa única tarde quase R$300,00, (não é só um centrumzinho, como dizem por ai, não). E as feiras semanais não dão menos de R$200,00. Eu vinha fazendo uma reserva desde março, mas eu não consegui juntar nem a metade disso, só consegui sobreviver a este mês porque recebi ajuda de tudo quanto é lado (a avó, a tia da Itália, até a sogra da minha irmã)
· O gasto com comida é infinitamente maior do que quando sua alimentação é só miojo. É lombra pensar que “agora que você vai torar seu estomago, não vai mais comer, portanto vai economizar com comida” (juro que escutei muito isso).
É isso ai Tinosa
ResponderExcluirQueremos ver ao menos um post por mês!
Um cheiro e tamos ai
;P
Adorei esse post. E adorei também a foto dos pratinhos misturada com os teus pontos ¬¬
ResponderExcluirEscreve mais porra!
*as fotos
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